A consulta com o pediatra antes do parto é importante, pois é nesse momento a gestante poderá discutir com o médico sobre condutas e cuidados com o bebê ao nascer e nos primeiros dias de vida, garantindo assim tranquilidade e segurança para esse momento tão especial.
No final da gestação, antes do parto, é de extrema importância que a gestante seja avaliada por um médico anestesista, onde será possível retirar todas as dúvidas pertinentes à equipe de anestesia, receber orientações e conhecer o profissional que poderá ser necessário no dia do parto.
De modo geral, mamãe e bebê permanecem na maternidade por 2 dias, após o parto, tempo necessário para adaptação com a nova vida, aprendizado para as novas tarefas (amamentação e cuidados com o bebê), realização de exames tão importantes para o bebê que inicia sua vida e monitorização da mamãe após o parto. Esse período pode ser maior ou menor dependendo das necessidades de cada um.
Durante o processo do trabalho de parto, a equipe da Maternidade Unimed São Carlos, além de medicamentos específicos, utiliza outros recursos para minimizar e aliviar a dor, como água quente (banheira e chuveiro), exercícios na bola suíça e no cavalinho, banqueta de parto e aromaterapia. Todos eles agem no controle da dor, propiciando um melhor bem-estar à gestante.
Quando o desfecho da gestação for uma cesárea programada, é importante realizar o jejum conforme orientado pelo médico anestesista e chegar à maternidade com, pelo menos, duas horas de antecedência do horário agendado para a sua cirurgia, pois a equipe da recepção precisará de tempo para a internação e orientações. Após concluída a internação, a equipe de enfermagem terá algumas considerações a fazer (como foi o pré-natal, uso de adornos, tricotomia, entrevista sobre hábitos, uso de medicações, alergias…), além de monitorar os sinais vitais da mamãe e auscultar o coraçãozinho do bebê.
Toda mulher deverá ter assistência adequada ao parto, de forma que seja um momento seguro para mãe e filho. A OMS (Organização Mundial de Saúde) determina que somente 15% dos partos precisem de fato de uma intervenção cirúrgica tipo cesariana como resolução de um parto, como as gestações de maior risco. Todas as evidências científicas demonstram que não há benefícios para mãe ou para o bebê que justifiquem o agendamento prévio de uma cesariana sem indicação precisa.
Como é possível saber como será seu parto, antes que chegue sua hora? O ideal é que cada gestante espere o trabalho de parto chegar pra então decidir a posição que favoreça o nascimento do bebê. A cesariana seria cogitada apenas em real necessidade.
Atenção humanizada ao parto é o conjunto de assistências onde a atenção é individualizada para cada parturiente, de acordo com suas escolhas e sua cultura, respeitando a fisiologia natural da gestação e do parto. Cabe a cada mulher decidir e sentir sobre a melhor posição para dar à luz, local de maior conforto, momento da anestesia e presença de familiares.
Para o ReHuNa (Rede Brasileira pela Humanização do Parto e Nascimento) e para muitos movimentos como “Parto do Princípio” e “Despertar do Parto” é preciso devolver o papel principal do parto à mulher.
Cabe ao serviço criar um ambiente que propicie proteção à mulher, dispor de métodos não farmacológicos para alívio de dor, estimular o contato mãe-bebê logo após o nascimento e o aleitamento precoce. A toda equipe médica cabe oferecer apoio e intervir se houver real necessidade, e não rotineiramente.
Na década de 60, Michel Odent, médico francês, foi precursor do uso da banheira com água quente para o trabalho de parto em um ambiente mais parecido com o doméstico. Pelo conforto e o acalanto do momento, muitas mulheres preferiam se manter na banheira no momento do parto.
Michel Odent também abordou a importância para as civilizações de vivenciar o “coquetel dos hormônios do amor”, liberados apenas em condições específicas do trabalho de parto e da necessidade de simplificar o parto normal. Para ele, mais do que “humanizar” o parto, é preciso “mamiferizar” o nascimento.
“Para mudar o mundo, é preciso, primeiro, mudar a forma de nascer” Michel Odent
Na década de 70, Frédérick Leboyer estabelece a importância de proporcionar maior acolhimento para o recém-nascido e tornar menos violento a hora do parto para o bebê, apenas oferecendo mais cuidado e proteção na transição de útero para o mundo.
Preconiza práticas como:
Janete Balaskas propôs o movimento Parto Ativo (P.A) na década 80, em Londres. O P.A baseia-se no fato de que a mulher deve buscar a melhor forma para o parto. Com a liberdade de movimentos e posturas, a mulher pode ter a opção de adotar a posição vertical ou de cócoras durante a fase expulsiva, o que pode tornar o parto mais rápido e cômodo.
Há inúmeras evidências que mostram os benefícios da posição de cócoras para o período expulsivo, entre elas: facilidade de saída do bebê, maior eficiência muscular, menor necessidade de medicalização, maior participação do casal e maior satisfação materna.
Recurso usado quando há necessidade de abreviar o período expulsivo. Acontece quando o bebê já está no canal de parto.
Não há necessidade de intervenções.
A mulher que sente-se segura e amparada terá menos dor do que uma mulher assustada e tensa. (D.P)
Excelente recurso cirúrgico quando há uma situação de risco que contra indique um parto normal. Toda indicação de cesariana deve ser exata e discutida com o casal.